sábado, outubro 29, 2005

Acho que sou metrosexual

Antes que pessoas desinformadas pensem besteira, o termo acima faz referência àqueles homens que gostam de se cuidar, ir ao salão, tirar as cutículas, entre outras frescurinhas que não me lembro agora.

Eu nunca tive frescura em relação à minha aparência, vivo com a barba a fazer, dificilmente penteio o cabelo de um modo aceitável pela sociedade e até prefiro usar óculos a lentes de contato. Mas o domingo passado (aquele do aniversário, lembram?), mudou tudo em minha vida...

Estava conversando com meu primo sobre alguma porcaria internética quando o mesmo comentou algo sobre seu suvaco raspado. De imediato, não acreditei, ele então me mostrou suas axilas realmente depiladinhas. Minha primeira reação foi normal, um surto de risos! Não consegui segurar a gargalhada, após uns 5 minutos fui voltando ao meu estado sóbrio.

Um dos diversos fatores que diferencia um sexo do outro é a presença considerável de pêlos em áreas nobres. Fiquei me questionando o porque do meu primo ter renunciado sua masculinidade tão cedo. Enfim, quase dormi na pia aquele domingo por causa disso.

No dia seguinte ao comentar com a turma que não raspo meu suvaco, todos se admiraram. E até agora ainda não entendi porque sorriram quando falei que minha mãe que cortava os pêlinhos do meu suvaco. Como sou destro, não possuo destreza suficiente com a mão esquerda com a tesoura, logo, alguém teria que cortar por mim.

O dia passou, chega a madrugada. Duas da manhã, poderia muito bem ter ido me deitar mas não, o sono não chegava. Peguei então um instrumento de lâminas legais (mas cegas, só que eu não sabia dessa parte ainda).

Olha o safadão aí!

Me posicionei em frente ao espelho, ergui meus braços e iniciei o ritual. Já era tarde demais para me arrepender, ficar com apenas um braço raspado não era uma opção válida. A pia começou a entupir e tive então que distribuir os pêlinhos com o vaso sanitário também.

Aos poucos fui percebendo que o barbeador estava quase cego, um pouco míope. E era o único do banheiro. Com muito esforço finalizei o serviço e me sentei no vaso para descansar um pouco. Comecei a imaginar como seria a minha virilha depilada também. Bem, a única maneira de descobrir é fazendo, e qualquer coisa, cabelo cresce de novo mesmo.

O medo era constante, qualquer corte errado e meu órgão ficaria inutilizado para sempre. A situação complicou quando lembrei que o barbeador estava cego. Droga, como fui esquecer!!
Lá pelas 3 da manhã eu acabei com o suplício. Se minha carreira de caçador de mitos não der certo, já tenho emprego garantido como cabeleireiro.

Ao me olhar no espelho, minha primeira impressão foi de nojo! Achei muito estranho! Parecia que tinha voltado à minha infância, quando tive que operar de fimose e descoberto as maravilhas da Playboy.

Bem, são diversas as vantagens que a ausência de pêlos proporciona. A melhor dessas vantagens é a falsa sensação de grandeza que ela induz! A falta de pêlinhos leva à uma melhor visão do órgão e deve levar mulheres à loucura também (fato a comprovar ainda).

O suvaco não fede, é estiloso andar de camisa regata, já posso fazer poses para câmeras com braços levantados!! Não sabia que era tão legal cuidar do próprio corpo! Acho que vou fazer isso mais vezes!

Mas... qual será o próximo passo? Ir à manicure? Alisar os cabelos? Comprar maquiagem? Parar de tirar meleca do nariz em público, ops!

Acho que criei um monstro...