sexta-feira, abril 28, 2006

Sim cara, dia da defesa da monografia, acho que uma data que nunca esquecerei. Porra, já esqueci o dia, mas que merda!! Puxando da memória, lembro bem que era uma quinta desse mês!! Opa, opa, lembrei, foi dia 20. Voltando, voltando. Para todos aqueles que nunca apresentaram e para aqueles que ainda pretendem apresentar:

Não adianta, você irá ficar com frio na barriga, você irá tremer com o apontador a laser e o principal: sua monografia vai ter erros que você só irá identificar depois de ter imprimido as 4(QUATRO) cópias para a banca de professores. Assim foi comigo. Olhei paras as 4 cópias, cada uma com cerca de 50 folhas e achava defeito em tudo!

Era defeito na metodologia, defeito nos objetivos, parte da conclusão inadequada. Chegava até a bater uma tristeza, mas o ânimo voltava rapidamente ao olhar para a cara de Bobinho com fome. E mesmo assim, já estava entregue à banca, o máximo que poderia fazer era rezar, mas como nem lembro como se inicia um Pai Nosso, deixei para a minha família esta árdua missão.

Estava marcado para as 16 horas e como é de praxe na faculdade, alguns professores se atrasaram e caíram as consequências em cima de mim. Atrasando também a minha defesa. E os slides? Salvei em um CD e em dois disquetes, apenas por desencargo de consciência. Já pensou se o CD não funciona, nunca se sabe.

Quase 17 horas, aplaudimos com vigor minha colega com sua excelente defesa. Hora de levantar, era minha vez. Tentando ficar o mais calmo possível, coloco o CD no computador... e tiro. Coloco de novo e nada!! Lascou foi tudo!! Computador do tempo do Bozo é foda!! A única opção que sobrava pra mim seria usar o disquete!! Não vou te mentir, mas nunca confiei em disquete e não seria faltando 5 minutos para iniciar minha defesa que eu iria começar a confiar. Já suando frio, coloco com carinho o disquete e não é que ele não funciona também.

Se fiquei irado?? Que nada, rapá! Normal, imaginei que fosse acontecer isso mesmo. Após muito tentar, o bichinho resolveu funcionar!! E imediatamente copiei o arquivo pro computador!! Pronto, agora eu só não apresentava se o HD queimasse, ou se o prédio caísse em pedaços(acho a segunda opção mais plausível que a primeira, acredite).

Bem, estaria mentindo se dissesse que não fiquei nervoso mas já tinha ensaiado umas 4 vezes em casa. Deu pra dar uma decorada bacana. No mais foi tudo nos padrões. Mas a melhor parte mesmo, foi o final. Logo após apresentar, a banca tirou suas devidas dúvidas em relação ao trabalho, apresentaram também sugestões e então, meu orientador começou a comentar sobre minha pessoa.

Juro que não esperava nada sobre isso. Ele começou a falar que sou o tipo de aluno que o professor tem prazer em orientar. Que vai atrás das informações, dedicado, enfim, um exemplo de aluno! Porra, se eu chorasse ali ia ser foda, na frente de cerca de 10 amigos que estavam prestigiando a apresentação. Me segurei muito, afinal de contas, quem não gosta de ser elogiado?? E além do mais, ser elogiado na batalha final para arranjar o diploma?? Porra, fiquei feliz de verdade!!

E logo em seguida veio a nota! Um 10,00!! Nossa, foi como se 3 pianos caíssem ladeira abaixo das minhas costas!! Todo o trabalho não tinha sido em vão!! E pra completar, meu professor ainda disse que iria publicar meu trabalho na Revista Brasileira de Análises Clínicas!! Porra, meu coração não aguenta assim doido!!

É com esse tipo de coisa que percebo o quanto vale a pena viver! São momentos únicos, que ficam na memória e no final, foi mais uma batalha que venci em busca dos meus sonhos! Mas como, estava tudo muito bom pra ser verdade, hoje perdi meu celular novo correndo pra ir pegar o ônibus. Nem paguei a segunda parcela ainda...

quarta-feira, abril 26, 2006

Viver de passado é uma merda mas às vezes vale a pena

Texto extraído do antigo Situações Inusitadas. Poucos textos se salvam dali e este é um deles. Divirtam-se. Data: Dezembro/2003.

O pessoal da UFMA tem umas brincadeiras um tanto quanto idiotas. Por exemplo: vocês se lembram daquela brincadeira de Passar Carga?? Em que um indíviduo A olha para as mãos de um indíviduo B e caso este não esteja com alguns dos dedos cruzados... ele poderá levar desde um simples tapinha até um ultra-murro na costas.

Pois é, só que o pessoal está tão viciado nisso, que um simples tapinha de bom dia pode levar ao início de uma guerra civil na turma, ainda mais se a vítima estiver com os dedos cruzados.

Além dessa brincadeira, existe outra vigente também, que se chama Alô Polícia! Nesta, um indíviduo A é surpreendido pelas costas por um indíviduo B, o qual encosta seus órgãos genitais na região anal do outro e fala em um tom razoável de voz: "Alô Polícia... "


Esta brincadeira leva à uma situação um tanto quanto constrangedora para o indíviduo A, que tenta tramar rapidamente um plano para se vingar. Geralmente na vingança, o indíviduo A ao invés de apenas encostar seus órgãos genitais, empurra-os também.
Quem olha de longe imagina que um coito anal homossexual está ocorrendo, o que realmente não está tão longe da realidade.E para a situação ficar mais estranha ainda, em vez de ele falar em um tom razoável de voz, ele faz plena questão de berrar em alto e bom som: "ALÔ POLÍCIA!!"

Já tentamos fazer um manual para ditar as regras do jogo, como por exemplo:"na sala de aula estão todos de júri-júri" ou "olha esse pilar é a ganzola", mas ninguém aceita ou sempre tem um que é do contra e aproveita-se da situação do mesmo jeito.
Qualquer uma das brincadeiras após iniciada, leva o público presente a rir da cara do idiota que caiu na brincadeira por um período indeterminado de tempo, que pode durar até o outro dia(com sorte) ou durante semanas(o mais comum).

Todos os dias antes de ir para a faculdade, eu rezo, dando graças porque até hoje não me pegaram em nenhum Alô Polícia. Mas é melhor prevenir do que remediar, então: ando sempre com algum tipo de proteção na região perianal, ex: bolsa; se possível não ando de costas, mas sim de lado, de modo a ficar de cara com o suspeito;fico atento ao menor ruído, pois risadinhas significam que algo que não é legal vai acontecer.

Na dúvida, duvide de tudo e todos!!

segunda-feira, abril 24, 2006

A nova série do Situações Inusitadas

Para todos aqueles que acompanharam toda a saga do Caçador de Mitos e roíam as unhas esperando a cada mês um episódio novo. Apresento-lhes a mais nova super-produção da Situações Inusitadas Entertainment, uma novela que vai mexer com seus nervos. A primeira que não acontece num Hospital e a única em que um médico charmoso não é o protagonista.

Com vocês:


Laboratórios Pós-Vida. Outra manhã de rotina é iniciada. E acompanhando a rotina, caminham as filas. Não unidades, mas dezenas de pessoas necessitadas por exames a preços módicos aguardam ansiosas pelo seu nome, a ser gritado, pela recepcionista da esquina.

E basta abrir o Laboratório que a confusão começa. Berros, gritos, crianças chorando e aquela catinga miserável! Não generalizando que todo pobre não banha, mas custava lavar o suvaco antes de ir capinar? E quem berra os primeiros nomes do dia é uma das recepcionistas: Rogéria Fernanda.

"CLEOSVALDO!! HÃ?? JÁ FOI??!! MAS QUE SACANA!! PRÓXIMA, SILVENETE!!"

Rogéria Fernanda é a típica raimunda. A cara é uma desgraça, feia de doer, mas quando ela vira de costas, todos no recinto babam. E é ela quem acompanha todos os clientes em direção ao ponto de coleta sanguínea. Ahhh, o ponto de coleta! É capaz de se pegar sífilis só de sentar naquele banco imundo. Não estranhem, como modo de reduzir custos, não existem aquelas poltronas confortáveis para se acomodar, enquanto furam a veia do cliente. O povo senta num banquinho mesmo, e é bom não reclamarem:

"Ai!!! Que banquinho mais duro!!"

"Senhora, sente e não reclame!! Só porque a senhora está grávida, acha que terá regalias?!"

Quem vós fala é um dos técnicos da coleta, o Patricio. O Patricio não possui muitas habilidades cerebrais, seus neurônios não funcionam muito bem mas ele tem grande perícia com as mãos. Ele não é de todo ruim, mas é um grande fã do Cazuza, chegando a ser enjoado e chato. Antigamente, o Laboratório possuía um rádio para desviar a atenção das agulhas, mas hoje em dia, como modo de reduzir os custos, o Patricio canta Ideologia todas as manhãs.

Após alguns clientes, chega o primeiro com uma requisição para sorologia de HIV. Lembram que o técnico não possui muitas habilidades cerebrais? Pois é, uma delas faz com que ele não utilize luvas com prováveis HIV-positivos. Segundo ele mesmo, nada mais que uma maneira de evitar que a pessoa se sinta num meio de preconceito, além de que, é o momento que ele se sente O Cazuza, achando que vai fazer uma boa ação pro finado.

Voltando as atenções para Rogéria Fernanda, a gostosa da casa. Como todo pobre, alguns já começam a comentar que casariam com ela, que queriam ela como a mãe de seus filhos. Aquele papo que não pega nem mosca, mas que toda mulher, no fundo, no fundo, gosta de ouvir, para se achar a bala.

Rogéria Fernanda finge que não é com ela e até arrebita a bunda só para atiçar mais os clientes. Até que um deles, gaiato todo, deu um belo de um tapa na bundinha dela. Ahhh, não prestou... O tamanho da bunda de Rogéria é proporcional à sua altura! Ela pegou o baixinho de jeito. Coitado, pagou R$ 3,99 para ter o supercilio cortado e agora está sendo encaminhado para o Socorrão.

"AHHHHHHHHHHHHHHH!!"

Um grito quebra o silêncio!! Rogéria Fernanda corre, desesperada em direção à coleta! Chegando lá, encontra Patricio, estirado no chão, com uma baita agulha enfiada no seu dedo indicador!!

"EU AVISEI QUE NÃO GOSTAVA DE CAZUZA!! NÃO SABE FICAR QUIETO, MERDA!!"

O pior aconteceu!! Um esquentadinho furou o dedo do técnico, sem dó nem piedade! Não, não, mas o pior de tudo foi que o cliente furou depois do sangue ser coletado!! E na sua requisição estava pedindo a sorologia de HIV!!

Patricio vê seu mundo girar, avista Cazuza nos céus, vestindo apenas uma tanguinha, cantando "pro dia nascer feliz". Patricio pula em jardins floridos, em busca do seu ídolo! Sente seu abraço, sente seu corpo esbelto e quando ia sentir o que estava embaixo da tanguinha...

Patricio volta a si!! E ao abrir os olhos, tudo que enxerga é Rogéria Fernanda berrando com o cliente!! Apesar de tudo, o cliente nega ser HIV-positivo e que ela tirasse sua dúvida com sua mulher, mãe de "seus" 7 filhos!! Aí que Rogéria Fernanda pirou de vez, 7 filhos??!! Essa daí dá até pro Papa se ele quisesse!!

O ambiente começa a ficar pesado, quando finalmente os ânimos se acalmam e Rogéria Fernanda pergunta sobre o Kit Anti-HIV. Todos os técnicos ficam em silêncio. Onde já se viu, num laboratório aonde o hemograma custa R$ 1,99 ter Kit para salvar a vida dos outros?? O povo tem é sorte de receber o salário apenas com 15 dias de atraso.

"PÁÁH!"

Uma batida na porta da frente gira a atenção de todos! Alguém tinha trancado ela e não avisaram o pobrezinho, que bateu o nariz na porta de vidro, achando que estava aberta. Aos poucos, ele se levanta e gira a maçaneta. Mas não era qualquer um que adentrava o recinto, era o Doutor...

(continua no próximo episódio)



sexta-feira, abril 21, 2006

Estreando a seção: "Leitor burro é foda!"

Estava há mais ou menos dois dias atrás tentando decorar a apresentação da defesa quando um e-mail simplesmente surgiu do nada no gmail. Na verdade, foi um verdadeiro chute na minha canela, pois percebi como na internet tem gente burra, como o leitor Patricio. E o pior, que alguns acabam lendo o blog e se acham no direito de se acharem inteligentes.

Para entender a mente do Patricio, teremos que ir por partes:



OK, ok, o gênio Patricio está fazendo referência ao meu penúltimo texto em que inicio com a seguinte oração: "6 anos de faculdade... o tempo não pára, como já dizia o HIV positivo." Por que escrevi HIV-positivo em vez de Cazuza? Porque escrever "como dizia o poeta" ou "como dizia Cazuza" iria ter algum impacto?

E sim, é verdade que ele é HIV-positivo, então, eu disse alguma mentira? Quem lê os meus textos(tomara que o Patricio não esteja incluso nessa lista) sabe que estudei num laboratório e fiquei cara-a-cara com soros positivos. Será que foi, então, por isso que denominei o Cazuza dessa maneira??

Não, não, eu teria que ser muito burro para trabalhar num laboratório com exames de rotina de HIV e falar que alguém é HIV-positivo, né?

"Ele foi contaminado com o HIV porque corria sangue em suas veias, tá ligado?" Esse parágrafo resume como o Patricio é inteligente em suas colocações. Preciso tecer algum comentário sobre isso??


Vocês, que são leitores inteligentes, me digam em qual momento eu pelo menos citei que o Cazuza é gay?? Eu li, reli, imprimi pros vizinhos e até mesmo Bobinho leu!

Chegando todos à seguinte conclusão: "Patricio, você é uma besta quadrada!"

E o cara ainda possui a audácia de continuar me chamando de babaca e viado...


Novamente o Patricio me joga um tijolo na cara! Caro leitor burro dos cacetes, meu perfil é uma referência à certo dia em que eu estava no laboratório onde são feitos exames de rotina de HIV e como sou sagaz nas minhas palavras, me apresentei desta maneira à uma das digitadoras:

"Humberto, 22 anos, HIV-negativo"

E como resultado, a mulher sorriu e começamos um lance de amizade. Ela levou na brincadeira e achou interessante o modo de iniciar uma conversa. Agora... o Patricio, com seu QI acima de 300, conseguiu entender o impossível!!

Peraí!! Ainda tem mais!!

Realmente, eu só posso ser viado, porque não é brincadeira, como se já não bastasse o gay da coleta dando em cima de mim, agora tem o Patricio querendo me comer também!! Querido, vou logo avisando, que pra bicha burra não rola, se você ainda fosse um pouquinho mais inteligente, poderíamos até marcar um jantar, certo?

Ah, e todos estão lembrados que todo esse e-mail dele foi baseado em conclusões precipitadas que ele tirou por uma simples frase minha!! Porra, Patricio, sinceramente, sabe o que você faz? Pega sua cabeça e bate na quina de uma mesa para ver se você morre e pára de dar trabalho pros outros.

Tou até pensando em mudar o slogan so SI, botar algo assim: "Para leitores com QI acima de 150, que nem o do gênio Patricio".

Vai ser burro assim nos infernos...

quinta-feira, abril 20, 2006

Faltam 3 horas e meia

Vou banhar pra ir pra Faculdade.

Maiores detalhes sobre a defesa no próximo post.

Me desejem boa sorte. Vai ser de grande utilidade.

terça-feira, abril 18, 2006

E como passou rápido...

6 anos de faculdade... o tempo não pára, como já dizia o HIV positivo. Ainda me faz quase chorar, só de pensar no dia que o resultado saiu no rádio. Saí correndo pela casa que nem um gato no cio, sem rumo, só esperando bater em alguma parede ou, quem sabe, na quina de alguma mesa.
O melhor de tudo foram as pessoas que vinham me visitar no dia, cada um pegava a tesoura e fazia um caminho de rato no meu cabelo.

Se eu ligava? Nem um pouco! Todo o tempo que passei estudando não tinha sido em vão! Poderiam até raspar minha virilha que eu não estava ligando só de felicidade. Mas, a felicidade passa e vem os problemas da universidade. Milhares de provas, calouradas e o pior de todos: limite do cartão universitário estourado!

Dar 700,00 reais de limite prum pé rapado que não tem nem onde cair morto é muita loucura também! Esse povo do Credicard é muito sem-noção! Se durei 1 ano com aquele cartão, foi muito. E junto com isso tudo, vieram também os apelidos: pantera, gafanhoto, loba, caranguejo, guará e, até uma galinha, tinha na nossa sala.

Ah, tentem adivinhar qual dos apelidos de cima era o meu!

Eita, quase que ia me esquecendo! E o horário do almoço? O meu curso é em horário integral, de manhã e pela tarde, ou seja, almoçar no campus não era uma opção mas uma obrigação! E é estatísticamente impossível, eu pagar uma refeição decente todo santo dia. Como último recurso, era obrigado a comer no Restaurante Universitário (vulgo RU) ao módico preço de R$ 1,25.

O quê podemos esperar de uma refeição de R$ 1,25?? Baratas? Traças? Quase, quase. Comparando a comida do RU com a comida aqui de casa, a única diferença é que aqui em casa, o arroz vem embolado. Sério, comida ruim do cacete! O cozidão então, nossa...

Mas, vou ser sincero com vocês, só existia um tipo de comida decente no RU. Quando o prato principal era filé de peixe. Era saboroso mesmo, não posso negar. Mas as chances de comer filé eram as mesmas de ganhar na Tele-Sena, ou de participar de uma pegadinha do Topa Tudo por Dinheiro.

E lá estava eu, 6 anos atrás, na minha primeira fila do RU. Me deram logo de cara um bandejão de inox com um bando de buracos que seriam destinados para cada quitute especificamente. E bem na parte superior existia um buraco meio redondo, destinado para o refrigerante em lata.

Como todo bom calouro de cabeça raspada, coloquei minha bandeja na fila com a parte do refrigerante virada para a moça da cantina. Qualquer ser com 25% de inteligência saberia que a bandeja estava errada, pois a parte do refrigerante deve ficar do meu lado para que a parte em que se coloca o arroz fique do lado da dona da lanchonete.

E na primeira panela me param! A mulher me encarava com um ar de ódio, dava até para ver as narinas abrindo e fechando. Ela citou poucas palavras, o suficiente para que eu percebesse que estava errado e dando problemas na fila. Finalmente entendi que a bandeja estava direcionada errôneamente.

Viro a bandeja pro lado dela e antes da Dona Gertrude colocar uma senhora colherada de arroz, ela questiona:

"Você é calouro, né?!"

Ainda acho que ouvi risinhos do fim da fila...

segunda-feira, abril 17, 2006

Eita porra....

Sabe quando é que a gente sabe que está ficando velho?



Quando seu ex-colega de colégio é preso como traficante de drogas e terá que passar 5 anos na cadeia pra largar de ser doido. Pra piorar, me disseram que é inafiançável.

Isso porque estudamos num dos colégios mais caros de São Luís... Se ele fosse de alguma Unidade Integrada até que dava pra entender...

Custava se drogar sozinho, porra?

sexta-feira, abril 14, 2006

De frente com Bobinho


*Bobinho é um gato que convive com Bertim em simbiose. Apesar de ele nunca dizer que gosta de Bobinho, seus atos dizem totalmente o contrário. Bobinho dorme em uma cama de casal todas as noites e é castrado.*

Bobinho: "Que você estava fazendo enquanto eu dormia?"

Bertim: Acabei de finalizar a apresentação pelo Power Point da monografia. Demorou um tempinho mas até que ficou bonitinho, só não posto no blog porque não quero preguiçosos utilizando meu tema em faculdades particulares.

Bobinho: "Esses últimos dias você tem falado muito dessa sua monografia. Ela é tão importante assim? Qual é o tema, afinal?"

Bertim: Realmente tem me dado muita dor de cabeça esse trabalho. Acho que é meio importante, senão todos os 6 anos em que aguentei professores idiotas foram em vão. Ah sim, sobre o tema, irei falar sobre o papilomavirus humano, para os chegados, o HPV. Analisei a prevalência dos casos em mulheres jovens e os critérios cito-morfológicos que levaram ao laudo da lesão.

Bobinho: "Ok, chega de gracinhas! Por que você me castrou?"

Bertim: Êpa!! Primeiramente, quem pagou o veterinário foi minha mãe. Segundo, você pertence à minha irmã e não a mim. Terceiro, a melhor opção foi arrancar seus testículos Bobinho, apesar de saber que você nunca irá nos perdoar, pense comigo.
Todos os outros gatos que já apareceram aqui em casa, sumiam após um ano de vida. Por causa do mesmo motivo, sexo, sexo e sexo. E geralmente, voltavam todos arranhados ou com a pata quebrada por causa de uma gata que nem valia a pena. Então, vá comer sua ração e pare de reclamar. Você poderia estar enterrado numa caixa de sapatos agora, seu ingrato.

Bobinho: "E essa história do viado que queria te comer. Se ele te pagasse, você cairia de boca?"

Bertim: Bem, o baitolinha não falou nada sobre dinheiro mas, penso eu que não aceitaria assim mesmo. Ganhar dinheiro sujo não vale a pena, ainda mais sujo de esperma alheio.

Bobinho: "E esse feriadão, que você vai fazer de bom?"

Bertim: Nossa, boa pergunta. Porque ontem fiquei sem fazer nada o dia todo!! Ainda tentei sair com uns amigos mas estava tudo tão chato que peguei meu ônibus sozinho para voltar pra casa lá pelas 23 horas.
Espero que hoje seja mais divertido, não tenho nada em mente, mas uma partidinha de Bang! viria a calhar. Ah, e não custa nada também alguma leitora me adicionar no MSN, eu não mordo, diferente de você.

Bobinho: "E ovo de Páscoa? Ganhou algum?"

Bertim: Ganhei sim, um Prestígio tamanho 20. Tou com muito medo de comer ele e vir com recheio de coco por dentro. Preferia que ele fosse só de chocolate ao leite mesmo, é bem mais delicioso.

Bobinho: "Eu aparecerei de novo no SI?"

Bertim: Isso não depende de mim mas dos leitores. Se tiver mais de 20 comentários essa entrevista ridícula, você com certeza aparecerá em breve.

Bobinho: "Bem, obrigado pela oportunidade, espero que todos me adicionem como amigo no orkut também."

Bertim: Ah é mesmo, já ia esquecendo de avisá-los. Esse aqui é o link pro perfil desse gato safado. Gato no orkut... esse mundo não tem mais futuro mesmo não...

terça-feira, abril 11, 2006

EU SABIA QUE IA DAR MERDA!

Mais cedo ou mais tarde eu sabia que raspar o cabelo seria sinômino de baitolagem. Já disseram que eu pareço com um calouro viado do 1° período. Outro dia até tentei forçar que eu parecia o Cazé Peçanha, mas não colou muito e acho que o povo só falou que parecia por educação mesmo.

Mas, eu imaginei que já tivesse escutado de tudo nessa vida. Mero engano meu, como sou ingênuo. Prestem bastante atenção, todos os fatos que estou a relatar são reais, e sinceramente, não desejo isso nem pro meu pior inimigo. Desgraça pouca é besteira.

Vamos lá, existem vários técnicos responsáveis pela coleta de sangue no hospital. Alguns por sinal são bibas de marca maior, mas como um homem metrossexual do século XXI, não possuo preconceitos e muito menos olho feio para eles. Pelo contrário, converso como se fosse um amigo heterossexual... até a hora que o cara em cima de mim!

Estava conversando com um técnicos que parecia gostar de dar a rabiola. Na verdade, só estava conversando porque sou um fresquinho que não consegue tirar sangue direito dos outros, senão tava era metendo agulha em neguinho. Enfim, simplesmente do nada, o ânus daquela bicha enrustida piscou e ele soltou a pergunta abaixo, sem rodeios e sem medo de ser feliz:

"Humberto, você é gay?"


Até levei na brincadeira, dei um sorrisinho de leve perguntando quem estava espalhando bobagem sobre minha pessoa. Até pensei em perguntar se eu parecia homossexual mas uma outra pergunta veio imediatamente à minha cabeça após ter negado a blasfêmia que ele perguntou:

"Sou não fulanodetal, por quê? Você é?"


O CARA RESPONDEU EXATAMENTE DESSE JEITO DOIDO!!

"Sou não, mas se você quisesse dar pra mim eu comia era mermo!"


Ok, releiam, leiam novamente, mostrem pros pais, imprimam pros vizinhos! Sim, foi desse jeitinho mesmo que ele respondeu.

Ahhhhhhh isso não prestou... Botei os pés no chão pra raciocinar um pouco, peraí, peraí... Tem um viado dando em cima de mim no meu ambiente de trabalho?? Caraca, eu falei que desgraça era pouca coisa!! Eu converso normalmente com qualhiras, agora, dar em cima de mim, não dá véio!! No mesmo instante fiquei puto e virei o rosto pro outro lado desconversando. Sem brincadeira nenhuma, comecei a sentir nojo daquele desgraçado. Até evitava olhar pra ele. Mas ele não desiste de dar o rabo tão fácil e perguntou novamente:

"Mas, nem uma punhetinha?"


Eu estava num hospital e o cara se dirige desse jeito para mim.

Então, ele comecou a puxar assunto sobre o gato da minha irmã que está com uma micose que não se cura. Eu comentei que o bichano estava na mesma, nem melhorava, nem piorava. Aí, ele começou a jogar umas indiretas com 10.000 placas de sinalização. Falando que ele ia arranjar um gato pra gente. A partir desse momento pensei em pegar a seringa que ele estava segurando e enfiar no olho daquela misera.

Bicho, mas que merda!! Tanto estagiário na coleta e ele vai dar em cima de mim?? Quê que eu fiz pra merecer isso?? Só posso ter jogado bosta de cabrita na cruz porque pedra é pouco! Já estava até quieto sem puxar assunto nenhum, pensando em me jogar pela janela quando o fulanodetal resolve se levantar e medir minhas costas:

"Hum... que costa larga..."


Cara, eu mereço! Só faltou ele puxar uma fita métrica e medir minha piroca também. De burro, essa porra não tem nada porque ele sabe que vou comentar com meus outros amigos e se algum deles for chegado na fruta, ele vai acabar se dando bem. Mas o que ele não esperava é que eu tivesse um blog e que fosse escrever sobre esse pequeno deslize do cidadão(ou cidadã, sei lá).

Sim, mas ele não tinha desistido ainda, soltou outra pérola perguntando se eu não tinha coragem de dormir com ele!! Gente... tou triste demais pra terminar esse texto. Já decidi que não boto mais os pés na coleta, vou ficar passeando pelo centro até a hora de subir para o laboratório. Ah, também vou entrar naquela comunidade do orkut: "sou legal mas não tou te dando bola(versão homo)"!

Agora sim a tristeza vem de vez.

domingo, abril 09, 2006

Tirei o mal pela raiz

Para a alegria de alguns e para a tristeza de outro (no caso, somente eu) resolvi tomar vergonha na cara e cortar o cabelinho estiloso que carreguei comigo por longos 6 meses! Na verdade, cortar é pouco, tirei logo o mal pela raiz! Raspei foi mesmo! A única dúvida que pairava no ar era se seria na zero!

Acabei escolhendo a máquina dois pois dia 18 é o dia da defesa da tão esperada mas não desejada monografia. Sendo assim, até lá já deve ter crescido alguns chumaços de cabelo pelo meu couro cabeludo. E, por ter 8 graus de miopia, não pude me ver em frente ao espelho do salão. Ainda bem, pois tinha certeza que cairia no choro que nem a Carolina Dieckman naquela novela da Globo que não lembro o nome.

Mas nem de todo isso é ruim. Agora o povo daqui de casa me respeita e não me chama mais de vagabundo pelos cantos da casa:

"Ei vagabundo, tira o gato de dentro do tanque!"

Também gostavam de se comunicar comigo assim:

"Ei vagabundo, corta esse cabelo desgraçado!"

não sei se o cabelo era desgraçado ou se era minha pessoa. Na dúvida, acho que os dois são.

E além de ter raspado, pretendo num futuro bem próximo (após o dia 18) continuar deixando ele do jeito que está, mas na máquina zero. Por isso, não se joguem na pedra brita porque ainda não viram nenhuma foto da minha carequinha sensual. Em breve ela surgirá.

Mas por que raspar na zero? Vamos a alguns fatos: todos conhecem o Cazé Peçanha da MTV, certo? Hoje em dia ele deixou o cabelo crescer mas alguém se lembra de como ele era sem madeixas? Era simplesmente o estilo em pessoa! Assim como o Chris Daughtry, do American Idol.

Claro que existe um porém, eu sou feio, mas nada que um pouco de maquiagem não resolva.

Além disso, resolvi adentrar a cultura pop a partir de hoje. Resolvi criar um Flog. Leia-se "Flog" e não Flogão, ok? Meu único objetivo é colocar algumas fotos que poderiam poluir os textos do Situações Inusitadas. Também, existem algumas pessoas que tem curiosidade em ver a cara do desleixado que não tem o que fazer e fica perdendo seu tempo escrevendo num blog.

Para o deleite destas poucas pessoas, aqui está meu Flickr! Divirtam-se com moderação.

sexta-feira, abril 07, 2006

Fim de semana passado

Vocês conhecem a rede de farmácias Big Ben? Não faço a mínima idéia se elas existem fora do sertão nordestino. Semana passada, dei um pulo por lá para comprar pratos com minha mãe. Taí uma coisa que não consigo entender, pra que diabos comprar pratos se aqui em casa já tem?? Sempre é a mesma resposta, "pra usar uma vez por ano, como por exemplo, no natal".

Ah sim, com essa resposta tudo faz sentido. E pensando com meus botões, já que existem lojas pra alugar ternos, mesas, cadeiras, vaginas(lembram da Splash?) etc. Por que não existir lojas para alugar pratos bonitos? Serinho, minha mãe torrou pelo menos uns 100 reais naqueles pratos que por sinal ainda estão empacotados bem do lado do computador. É, quem sabe lá pelo dia 24 de dezembro ela começa a abrir os pacotes.

Voltando ao tema central do texto, estava eu passeando pela Big Ben. Peraí, mudando de tema novamente, pô, já perceberam que nessas grandes redes tem de tudo, menos medicamento? Incrível é quando queremos algo diferente e só achamos remédio, por exemplo, queríamos manteiga mas só tinha coristina! Droga! OK, chega de gracinhas, agora prestem atenção.

Passeando pelo ambiente refrigerado, noto ao longe caixas empilhadas de brinquedos. O suficiente para modificar minha rota da prateleira dos cremes para cabelo. Chegando nos brinquedos, tive que me segurar pois a emoção estava quase se exteriorizando através de pulinhos de alegria. Bem na minha frente, a centímetros de distância, encontravam-se dezenas de caixinhas de LEGO!!

Sim, LEGO!! Por que eu gosto tanto disso?? Sei lá, tem gente que gosta do Mario, outros ainda brincam de Barbie, alguns realmente gostaram do Guia do Mochileiro das Galáxias, então, por que eu não posso gostar de LEGO??

Ainda com o coração acelerado, começo a vasculhar as caixinhas atrás do preço mais barato. Já começando a ficar triste com o preço absurdo dos brinquedos, bato meu olho na maior caixa da sessão. CARAMBA, uma fortaleza com catapulta e um dragão que até voava!! Ah não, vou comprar é logo!!

Era igualzinho esse de cima ó!

Pego imediatamente a caixa e vejo o preço: R$ 330,00.

Errr.. realmente é um precinho um pouco salgado mas não custa nada ver meu orçamento. Então, abro minha carteira com as mãos semi-trêmulas e procuro pelas verdinhas. Rapaz, não achei nada verde, estava tudo era vermelho, só tinha comigo R$ 10,00, o suficiente para comprar PORRA NENHUMA!

Já sem estímulos para a vida, pensando em comprar chumbinho para acabar com tudo ou cytotec para a namorada de um amigo, caminho desolado em direção ao caixa com apenas uma caixinha contendo módicas 75 peças para montar, e rezando para que o cartão de crédito tenha fundos.

E não é que o cartão passou!! Ahah, fiquei muito feliz!! Já estava louco pra sair da farmácia quando a balconista pergunta:

"É pra embrulhar pra presente?"

Não, não, aí também já é demais.

Brincando, depois de passar 20 minutos montando

quarta-feira, abril 05, 2006

Voltei pessoas!

3 anos que tenho esse PC bunda-seca. Durante esse tempinho, queimou um HD, uma placa de vídeo, uma placa-mãe e até uma fonte graças ao técnico imbecil da Telemar. Como se não bastasse tudo isso, o saldo desta semana foi o mouse que começou a travar e a placa de vídeo que pifa logo quando faltam 10 dias para a entrega da monografia de conclusão do meu curso!

Putz, é muita merda junta acontecendo ao mesmo tempo!! Não vou mentir mas estou nem um pouco disposto a atualizar o blog, sem cabeça para nada e até sem idéias para as piadinhas sem-graça que às vezes conseguem arrancar alguns sorrisinhos de canto de boca.

Neste exato momento mamãe está me pedindo pra fazer trilhões de favores para ela. Como de costume não estou ouvindo nada, não possuo nível suficiente para fazer duas coisas ao mesmo tempo, como escrever algo divertido e ouvir minha mãe berrar algo improdutivo. Ela estava tomando banho e berrou algo sobre peixe, isso é tudo que sei.

Aê, ela disse boa noite, agora sai algo que preste daqui! Vamos aos fatos desta semana. Como poucos sabem, meu campo de estágio vive mudando e na semana passada, o local sorteado foi o LACEN-MA (leia-se: Laboratório de Saúde Pública do Maranhão). Já tinha ouvido boatos de que não se fazia nada por lá, mas assim mesmo, tentei não acreditar, afinal, o LACEN recebe amostras de todo Maranhão.

Legal, vamos começar o serviço!! Fui pegar minhas luvas... opa... opa... escrevi luvas?? Me desculpem, esqueci de comentar que as luvas estavam em falta!! Não tinha nem pros bioquímicos, imagina pros estagiários que só sabem atrapalhar. Agora, pensem em pegar um sangue HIV positivo sem luvas. Isso sim que é ser sagaz. Nenhum bunda-mole de lá fez isso, e eu muito menos.

Todo o ócio daquele setor me fez pensar sobre o Caçador de Mitos- episódio 6. Afinal de contas, AIDS existe mesmo ou é só marmota pra fazer sexo com camisinha?? Não custaria nada fazer um furinho no meu dedo mindinho e pingar umas duas gotas de um dos soros positivos. Pensei muito sobre isso. Pensei tanto que deu fome e fui comer. Depois penso em me contaminar novamente.

Os dias foram se passando e nada para fazer a não ser olhar os outros trabalhando. Isso mesmo, passei uma semana inteira olhando os outros trabalharem. Não, não estou exagerando!! A falta do que fazer era algo constante. Tentei me entreter de todas formas possíveis!! Para vocês terem noção, quase dei em cima de uma das digitadoras do recinto, afinal, na falta do que fazer nada melhor que beijar, certo? Pro azar dela, ela já era comprometida.

E hoje foi meu último dia pelo LACEN, amanhã vou estar na Bioquímica de algum Hospital da vida. Que eu aproveitei de lá? Apenas o e-mail da digitadora, me desejem boa sorte.