terça-feira, julho 31, 2007

"Ei Doutora, vou no médico hoje, por isso vou sair mais cedo, tudo bem?"

"Tudo bem Tinho. Mas em qual médico você vai?"

(silêncio)

"Errr... num médico que cuida de assuntos pessoais."

"VOCÊ TÁ INDO NUM UROLOGISTA, NÉ?! ASJHKJSHJKHSJKHJKAHJKSHJ"

quarta-feira, julho 25, 2007


Dia 23 de julho

terça-feira, julho 24, 2007

Como só se faz 23 anos e meio apenas uma vez na vida. Passarei esta semana comemorando.


Dia 22 de julho

domingo, julho 15, 2007

Foi fim-de-semana passado, em busca do meu sonho em ser rico como farmacêutico, que viajei lá pra onde judas perdeu as botas para realizar uma prova em que, caso eu passasse, ganharia 3 vezes mais o que recebo atualmente. Mais do que rápido convenci meu pai a viajar comigo, afinal de contas, minha experiência em estradas nordestinas é idêntica à minha experiência com chimarrão, ou seja, nula.

Essa prova seria uma verdadeira desgraça na minha vida. Melhor dizendo, seria não, foi! Devido à ela, tive que perder o casamento de um grande amigo de infância. Mas não é só isso! Por causa dela eu também iria perder o aniversário de outro grande amigo!! Mesmo assim fui pro brejo pois um salário como esse não é todo dia que se tem.

Saímos de São Luís duas horas da tarde de um sábado. Rumo à casa do capeta!! Puta que pariu, ô lugarzinho longe! Já ia dar 7 da noite e ainda não tínhamos chegado no local de destino: o inferno. Meu pai preocupado em dirigir em estradas desconhecidas pela noite resolveu parar em uma "pousada" para passarmos a noite.

Para chegar no quarto da "pousada" era uma verdadeira aventura! Pois ele ficava no segundo andar e não tinha batentes! Qualquer pessoa com um pouco mais de álcool no organismo poderia cair e ter o chão de cimento embaixo como seu último paradeiro! Morrer numa cidade do interior que nem o nome eu sabia não era uma opção viável, isso é fato.

Após quase morrer para chegar no quarto, me acomodo na cama e tento estudar. Como disse, tentei estudar, mas as muriçocas não deixaram de jeito nenhum. Após tentar de várias vezes estudar, desisti e fui jantar. Ao pedir a bebida para o jantar fiquei abismado com a quantidade de opções disponíveis.

"Tem Coca?"

"Não."

"Como é que é rapá?!"


A menina ergue do freezer a única bebida gaseificada do recinto. Uma pitchula. Não faço a mínima idéia se a porra desse refrigerante é vendida em outros estados brasileiros. Mas a última vez que tinha ouvido falar de uma pitchula foi lá pelos meados de 1998. A moça ao notar a tristeza no meu semblante se oferece para comprar uma Coca na vendinha do lado. Ela pega sua bike e saí pedalando.

Foi então que fiquei olhando para o local onde estava. Era realmente um fim-de-mundo. De um lado tudo escuro porque a rua não tinha iluminação, do outro lado crentes caminhando para a igreja mais próxima. Foi então que olhei para o meu prato e comecei a comer. Aguardando que um dia a Coca chegasse.

Após jantar e beber do refrigerante, fui caminhar pelas redondezas atrás de um telefone público para dar notícias para minha mãe e minha irmã. Detalhe: elas estavam no casamento que eu perdi do meu amigo de infância, lembram?? Tentamos inúmeras vezes ligar, quer dizer, tentamos só duas vezes, mas tinha que por tanto código para digitar, era DDD, era 31, somando tudo resultava em inúmeras vezes.

Foi então que olhei para os lados e visualizei algumas nativas da região na "conveniências" do posto de gasolina. "Conveniências" porque lá só tinha cachaça e Big Big. Meu espírito raparigueiro não aguentou a tentação e me levou para flertar com elas. Utilizei meu olhar 43 e fiz uma pergunta rápida:

"Quanto custa o Big Big?"

"10 centavos"
- disse a mais carismática das meninas

"Me vê dois"

Dei para ela 25 centavos e fui caminhando embora fingindo ser rico e que não me importava com o troco. No segundo passo ela me chama. Já iria dizer para ela que não precisava me dar troco. Mas ela tinha em mãos mais um Big Big para mim.

Fiquei sem palavras. Aceitei o Big Big pegando de leve em sua mão. "Essa já tá no papo" pensei comigo mesmo. Fiz um docinho e caminhei como se não estivesse interessado. Sem ter mais o que fazer, fui deitar com minhas muriçocas.

Bem, no dia seguinte fiz a prova lá nos cafundós do brejo. O resultado saiu ontem, eu não passei. Mas amanhã é meu aniversário, ou seja, cerveja.

terça-feira, julho 10, 2007

Eu esqueci de contar que viajei sábado passado para fazer uma prova no interior. A viagem foi bacana, assim que puder coloco aqui todos seus detalhes sórdidos. Mas esperem sentados, ok?

segunda-feira, julho 02, 2007

A menina da mão biônica

Lembram daquela gripe que andou me aterrorizando desde o dia 19 do mês passado? Pois é, descobri sábado que não era uma gripe, afinal de contas, nenhuma gripe dura mais de 12 dias! Na realidade, eu estou com uma suspeita de dengue! Melhor dizendo, estava, já estou quase bom, tirando a moleza que me atormenta e a imagem do mosquito que não saí da minha cabeça.

Devido a isso, fui obrigar a ficar 5 dias fora do serviço devidamente munido, claro, de um atestado médico. Aqui em casa não tem absolutamente nada para fazer. É um ócio total, não sei se irei aguentar ficar sem fazer nada até quinta-feira! Já fiz de tudo, desde dormir 5 horas initerruptas pela manhã, até assistir Ace Ventura na Sessão da Tarde!

E num destes lapsos de "tenho que procurar o que fazer", lembrei que eu tinha um blog até tempos atrás e que ele era atualizado constantemente. Acho que não custava nada me locomover até o pc e escrever alguma baboseira aleatória. O jantar nem está pronto ainda mesmo. E nem tem previsão para ficar.

Eu sempre gostei do bizarro. Isso é fato. Mulheres feias, shows undergrounds, barba a fazer, acho que eu gosto mais dessas coisas do que os outros seres humanos. E este pensamento acabou me lembrando de uma garota que existia na minha especialização. Ela era estranha. Ela não era feia, nem era bonita mas era estranha. O seu olhar assustava, minha pressão certa vez baixou graças a um olhar torto que ela deu para mim.

E o mesmo sentimento tinha um amigo de turma sobre ela. Era comum eu ir lanchar com ele e falar das encaradas que ela dava durante a aula. Ela não encarava com aquele olhar tipo "quero te comer agora"; era apenas uma encarada comum, melhor, ela olhava apenas! O seu olhar aterrorizava alguns humanos de coração mais fraco.

Certo dia, esse meu amigo de nigrinhagem veio correndo em minha direção que nem uma cutia depois do acasalamento! Ele mal conseguia respirar! Após aguardar seus batimentos cardíacos voltarem ao normal, ele disse que tinha algo para me dizer sobre a fulana-de-tal! Ansioso e nervoso aguardo ele dizer que ela não era da Terra, ou que o Capeta já estava vindo buscar ela. Mas o que ele tinha a dizer era mais bombástico ainda!

Quase lacrimejando, ele diz que ela não possuía uma das mãos!! Olhei bem no fundo dos olhos dele e questionei:

"Bicho, nós estamos no 6º período da especialização! Como que eu não iria notar se ela não tivesse uma mão?!"

Se isso que ele estava falando era verdade, essa menina sabia enganar muito, mas muito bem!! E pior, ela olhava com cara de mal talvez exatamente por isso, tentando intimidar os que sabiam do seu segredinho! A emoção tomou conta de mim, nunca tinha visto ninguém com uma mão biônica! Não estava mais aguentando guardar a língua entre os dentes! Eu tinha que perguntar para ela como que ela manuseava um microscópio com uma mão de plástico!!

Já tinha até pensando em puxar a mão para ver se ela saía e voltava, tipo aqueles bonequinhos dos Comandos em Ação! Mas tem certas coisas que sou tímido, principalmente em se tratando de mãos biônicas alheias! A partir deste dia, passei a olhar com afinco para sua mão melindrosa. E cada dia que se passava eu levava mais sustos com o modo que ela me olhava!

Infelizmente o curso acabou e não tive mais contato com ela. Espero vê-la no futuro para poder apertar sua mão.