sábado, maio 26, 2007

A primeira bodada a gente nunca esquece

Se uma palavra pudesse resumir a noite de ontem, esta palavra seria...

Limão

Nunca gostei da palavra limão, sempre lembra algo azedo( ou seria amargo? até hoje não aprendi a diferença entre os dois), algo verde e que minha irmã gosta. Mas calma, o texto de hoje não será sobre limão e muito menos sobre minha irmã. Ontem foi sexta e como todo bom adulto preciso fazer algo que faça jus à minha idade.

Se eu fosse menino ainda, poderia ir no parque sexta à noite, poderia ficar em casa assistindo Rei Leão com a mamãe, jogando fliperama no shopping, jogando bolinha de gude na rua etc. Mas, como eu cresci, minhas opções se reduziram bastante. Quando você cresce, os lugares para sair numa sexta à noite se resumem basicamente a lugares que tenham bebidas alcoólicas, lugares que possuam mulheres semi-nuas ou, na pior das hipóteses, lugares que possuam bebidas gaseificadas, como refrigerante ou até mesmo água com gás.

Das 3 opções acima, fiquei com a do álcool mesmo. Fui passar minha sexta à noite no Reviver. Para todas as pessoas que tem a sorte de não morar em São Luis, o Reviver é um local que faz parte do conhecido "Centro Histórico". Por lá existem prédios velhos, artesanato e novamente, prédios velhos. Por um motivo desconhecido pela minha pessoa, o pessoal sempre se reúne no Reviver em happy hours (eita que palavra chique).

O Reviver consegue reunir vários grupinhos de pessoas, no mesmo local podemos encontrar a galera do metal, patricinhas de rosa, góticos suicidas, homossexuais, punks rebeldes e de vez em quando até um ou outro emo passa lá por aquelas bandas. Além disso, é muito, muito comum encontrar bêbados peregrinando em busca de doses de cachaça ou vinho. A tática é sempre a mesma, o bêbado em questão visualiza ao longe a garrafa cheia de líquido com teor alcoólico acima de 40%. A pequenos passos chega na garrafa e pede para o grupo em questão um tiquinho da bebida. Como forma de agradecimento, ele olha para alguém do grupo e pensa numa banda que a pessoa goste.

Por exemplo, se for um cara de cabelo alisado, cinto de bala e camisa centropeito, ele provalmente irá falar que adora escutar Coldplay. Ontem o cidadão que nos abordou disse que adorava Queen. O pior, ele disse olhando pra mim. Merda.

Enfim, resumindo tudo, o Reviver é uma bosta. Mas assim mesmo fui lá. Cheguei na companhia de vários amigos e procuramos a bebida com o melhor custo/benefício: vinho São Braz. E assim fomos levando a noite. Ficamos caminhando sem nenhum destino específico e depois de 5 minutos, pasmem, o vinho tinha acabado. Foi a hora da caipirinha. Enfim, não vou dizer tudo que bebemos ontem porque seria algo sem-noção demais da minha parte.

Eu geralmente paro de beber quando bate a brisa. Bateu a brisa, fiquei felizinho, pronto hora de parar. Sempre me orgulhei disso. Mas ontem bateu a brisa, fiquei feliz, bateu a brisa de novo, bateu a merda da brisa outra vez, bateu a porra dessa brisa um trilhão de vezes!! Foi aí que sentei e tudo girou. Tinha bodado.

O verbo bodar faz jus ao estado de espírito em que o cidadão, após misturar vários tipos de bebidas não consegue fazer mais nada, a não ser sentar na primeira calçada ao seu alcance, deitar na sarjeta e vomitar até o dia amanhecer. E crianças, nunca tentem fazer isso com algum amigo que tenha um celular com câmera e flash, capaz de fazer vídeos nítidos e mostrar para todos no seu serviço!

Hoje vi o vídeo. O cara foi um gênio, captou vários momentos únicos. Por exemplo, ele conseguiu gravar o momento em que estava deitado na calçada. Em outro vídeo eu estou sentado gofando meu jantar. Coisa de mestre.

Lá pelo serviço já tem 7 pessoas sabendo da existência do vídeo. Este número vai dobrar em progressão geométrica nesta próxima semana, tenho certeza disso. Nunca mais bebo na minha vida, é sério.

sexta-feira, maio 18, 2007

Operação Tapa-Buraco

Os melhores amigos do homem

Como que eu nunca postei essa foto aqui? Existe combinação melhor? Duvido, se você disse que existe, você é um tremendo mentiroso! Postar essa foto me fez lembrar duas coisas, a primeira é que: não estou indo mais na academia. A segunda foi que: essa garrafa de Orloff já não existe mais.

Foram 4 meses que aguentei firme e forte, indo praticamente todos os dias para que no final eu ganhasse... 1 cm a mais de bucho! Você não leu errado, isso mesmo, quanto mais abdominal eu fazia, mais buchudo eu ficava! Mas claro que não ganhei só barriga, ganhei alguns centímetros em outros lugares, mas que não irei postar aqui pois meu objetivo não é humilhar os outros.

Ah quer saber? Que se danem os outros, ganhei 6 cm de coxa, 3 cm de bíceps, 6 cm de peitoral etc. Já estava entrando na minha versão 2.0 quando, enjoei. É, enjoei de não ter tempo a noite pra ler, de não ter tempo pela noite para sair, enfim bicho, queria voltar a ser o mesmo sedentário de sempre mas com tempo para fazer algo que não fosse empurrar a barra de supino e/ou olhar mulheres pulando no jumping.

Sei que foi uma decisão horrível, egoísta e cretina da minha parte mas, preciso estudar e só tenho tempo pela noite. Os fatos são os seguintes: ao estudar serei capaz de passar em um concurso público, passando num concurso público poderei comprar um carro, comprando um carro a mulherada automaticamente vai cair em cima.

É um caminho bem mais fácil do que puxar ferro todos os dias, pelo menos no meu ponto de vista.

Essa foi a Operação Tapa-Buraco. Até a próxima!

*Todos os centímetros escritos neste texto são verdadeiros e podem ser visualizados de uma distância de até 10 metros. A diretoria.

sábado, maio 12, 2007

Rapidinhas legais, mas não tão legais assim

- Depois do meu fracasso como 5º excedente no concurso da prefeitura, aqui estou eu, firme e forte em busca de outro concurso em que eu não possa passar e que faça com que eu gaste todo meu tempo livre estudando.

A bola da vez agora é o concurso pra Farmacêutico da Marinha! Já imaginou bertim vestido de branquinho e com aquele bonézinho estiloso de marinheiro? Pena que não vai se tornar verdade, pois.... são apenas, apenas, apenassss 4 vagas pro Brasil inteiro! Se com 90 vagas maranhenses não passei, não gosto nem de pensar com 4 vagas nacionais!

Mas assim mesmo, torçam por mim! Se eu passar nessa birosca, pago um Chicabon pra cada um de vocês!

- Vocês lembram também daquele quebra-cabeças de 5.000 peças? Que depois virou um quadro de 5.000 peças? Pois é, como meu quarto é extremamente úmido, o birolho ficou todo molhado por trás. E agora, devido à força da gravidade, ele está jogado no chão esperando a assistência técnica vir consertá-lo.

E como não vou gastar dinheiro com esse quadro de novo tão cedo. Ele vai ficar um bom tempo no chão. Estou pensando em utilizá-lo como tapete ou como tabuleiro de War. Se não funcionar, uso como tabuleiro do Jogo da Vida.

- Às vezes acho que não sou normal. Não, não falando sério, pô! Porque meus amigos geralmente compram DVDs atuais. Por exemplo, um dia desses eles compraram na Americanas o "Clube da Luta" por R$ 10,90. Eu comprei "A Coisa".

Outra vez foi "Rambo". Simplesmente não consigo ver graça nesses filmes atuais. Toda vez que entro naquela lojinha, apenas me interesso pela seção dos filmes oitentistas que por sinal é a mesma seção que sempre está em promoção! Impressionante isso rapaz!! Semana passada aumentei minha coleção com mais dois DVDs, olhe a foto abaixo e chore.

"O crime é um doença. Conheça a cura".
Você nunca leu nada tão testosterônico quanto isso, tenha certeza.


- Continuando com minha admirição pelos bagulhos com 10 anos ou mais de idade. Dessa vez minha paixão passou pros games.

Eu sempre fui liso, isso é fato. Melhor, eu sempre fui liso e feio. Nessa condição, nunca tive um vídeo-game da moda em toda minha vida. Sempre matava minha secura na casa de amigos ou em locadoras da periferia mesmo. Mas eu cresci e a minha vontade jogar vídeo-game foi praticamente reduzida a zero.

Até a semana passada.

Quando me ofereceram um Playstation usado por um preço extremamente módico. Você não leu errado, estou falando do Playstation, aquele mesmo, o UM. Não, não é o dois, é o UM! Aquele que já saiu de moda há mais de 3 anos!

Meus olhos brilharam e toda minha vontade de ter um Playstation finalmente estava se tornando real! O meu objeto de desejo durante a época em que minha única diversão pela noite era assistir Cine Privê na Band!! Não aguentei e comprei o bagulho e fiquei felizinho que nem quando uma criança ganha um ovo de páscoa !

Notem a pequena diferença de coloração entre o Playstation de 3 anos de idade e o joystick novo

Agora deixa eu ir que vou jogar, ops, estudar!

quinta-feira, maio 03, 2007

Odeio hospitais. Não é querendo fazer mimimi ou algo parecido mas sou capaz de morrer de câncer no reto por ausência de tratamento graças à minha grande preguiça de me consultar e/ou operar. Existem pessoas que não gostam de chocolate; outras(os) não gostam de vaginas; eu apenas não gosto de esperar 3 horas assistindo Sessão da Tarde em um consultório médico esperando ele chegar com 30 minutos de atraso e ainda se achar na razão de algo.

O fato acima me levou a ficar quase 12 meses cultivando um cisto na costa. Ele surgiu do nada, assim como às vezes brotam cabelos brancos em jovens de 23 anos que moram em São Luis e que respondem pelo nome de Humberto.

Comecei a olhar esse carocinho no espelho e pensava comigo mesmo "Mas que merda é essa?!". Não estava preocupado se o cisto cresceu próximo à minha coluna, minha preocupação maior era que o bicho era feio e que as gatinhas iriam notar assim que eu tirasse a camisa para mostrar meu deltóide na praia.

Fiquei tão preocupado que deixei ele no mesmo lugar esperando o belo dia em que ele fosse sumir por livre e espontânea vontade. Esse dia não chegou ainda.

Eu já estava até me acostumando em ter um carocinho nas costas, uma vez outra que algum amigo notava: "Humberto, mas que porra é essa na sua costa?"; outros eram mais discretos: "Cacete bicho, isso tá feio demais!!". Enfim, depois de tanto ouvir opiniões horripilantes sobre o carocinho, resolvi que era hora de ir no médico me consultar, afinal de contas, poderia sair mais cedo do serviço e tomar sorvetinho no caminho. O sorvete por si só já é um motivo especial pra sair mais cedo.

Cansando de ouvir isso tudo, me consulto e descubro que o carocinho atende por um nome. Se chama cisto sebáceo. Após descobrir o nome do carocinho, fui encaminhado para o cirurgião. O cirurgião que fui me consultar tinha uma especialidade a mais, ele era ginecologista também. Por isso que estranhei o fato de ser o único homem aguardando ser chamado. Ele foi bem rápido e prático, me atendeu sem nem fechar a porta, após dois minutos já estava com a cirurgia marcada.

Como ele era um ótimo profissional, não me disse nada se a anestesia iria ser local ou geral. Com medo de ser geral e ter que vomitar meu almoco todo fora, fui para o hospital hoje, no horário de meio-dia, com a barriga vazia. Estava tonto de fome, minha última refeição tinha sido às 6:30 da manhã. E dessa vez não era o médico que estava atrasado, mas eu mesmo! Bah, acontece!!

Cheguei um pouquinho após o horário previsto(engarrafamento, sabe como são essas coisas). Me aprontei, vesti um avental azul e fui guiado para o centro cirúrgico. Enquanto estavam abrindo o cérebro de alguns por lá, retirando tumores malignos de outros, eu estava lá para tirar um cisto feio que não iria me causar mal nenhum.

Deitei e aguardei o cirurgião chegar:

"Olá seu Joaquim..."

Tomá no cu filha de uma égua! Pensei comigo mesmo!

"É Humberto!! O senhor ia tirar um cisto da minha costa, lembra?"

Vai que esse tal Joaquim iria fazer operação de fimose.... Nunca é demais lembrar os outros (ainda mais quando o corno nem seu nome lembra).