sábado, novembro 19, 2005

A hora do almoço...

Aquilo que para muitos é o momento mais emocionante do dia, para mim, é um verdadeiro teste de resistência. A hora do almoço, o momento mais triste do meu dia, vocês não imaginam a minha felicidade quando eu almoço fora de casa. Dá até pra ver o brilho nos meus olhos.

Sinceramente, acho que nunca degustei uma refeição de qualidade aqui em casa. Comer como obrigação é a pior coisa que existe. Imaginem um arroz que vem em blocos, uns cabelinhos na comida e pra completar, o nervo(sim, o nervo) vem com pouquíssima carne.

Essa semana, como todas as semanas da minha vida, eu tive que almoçar. Eu faço de tudo para evitar este momento. Fico horas no computador esperando a fome passar, nem vejo a hora, assim que os primeiros sintomas surgem, eu vejo que está na hora de comer. Geralmente os sintomas são tonturas, visão escurecida, sono etc.

Fui para à mesa comer, ou melhor, descer coisas goela abaixo porque chamar de comida o que eu como é uma blasfêmia. Fiquei logo triste ao encarar um peixe safado na panela. Não gosto mesmo de peixe, tem muitas espinhas, não enche a barriga e ainda faz necessidades na água onde ele vive. Enfim, bem do lado do fogão existia uma outra panela com carne moída, não era a melhor opção mas era o jeito.

Assim que começo a me alimentar, percebo que a carne está fria, as batatas estão duras e o refrigerante quente. Eu nem liguei, afinal, era a comida daqui de casa, já estava acostumado. Tive que dar os parabéns à empregada, Vilma, esse ano ela tinha se superado.

Logo após comentar sobre a carne, ela me diz que a mesma era para uma torta do dia seguinte. Pensem na minha felicidade. Só não entendi o quê diabos ela fazia do lado do fogão na hora do almoço!! Nesse dia, eu completei meu almoço com um pacote de Fofura...

Dia seguinte, o dia D, ops, dia T... o dia da torta! Como de costume, me sentei triste à mesa e coloquei gelo no refrigerante para compensar a torta. Ao olhar para a vasilha da torta, levei um susto!! Só tinha metade da vasilha, o povo lá de casa comeu foi certo, estavam doidos, coitados!!
Brinquei um pouco com a "comida" e comecei a me alimentar. Acho que não preciso descrever como a torta estava ruim, né?

Antes de terminar meu prato, minha mãe resolveu abrir o jogo sobre a torta e explicar porque ela estava pela metade.
Lembram do gato da vizinha?

Maurício, o da direita. Procurado vivo ou morto(de preferência morto mesmo)

Minha mãe ouviu algo vasculhando a torta, quando chegou na cozinha, já era tarde demais. O gato já tinha sumido e a torta estava remexida. Ela jogou fora a parte que ela achava que ele lambeu. De novo: a parte que ela achava que ele lambeu!!! Ele podia ter lambido a torta toda, mas quem liga?

Cena do inferno

Não tive coragem de comer tudo. Finalizei o pacote de Fofura do dia anterior.