Ah, velhos tempos...
O Mestre é simplesmente o ser mais odiado de toda face da Terra(só não mais que a Barbra Streisand). Por ditar as regras, às vezes eu passava a ser o alvo de toda discórdia do grupo. O melhor mesmo era no fim do dia, momento no qual eu tinha que dividir a experiência conquistada pelos jogadores. Nem queiram imaginar se eu desse mais experiência para um jogador que para o outro, a única maneira de fugir das adagas em minha direção era falando que próxima semana iria ter mais.
Várias figuras passaram pela mesa do RPG. Já tive jogadores(na verdade, UM jogador) que se masturbavam para jogar os dados, isso mesmo, o cara levantava e com sua mão direita fazia gestos obscenos até a hora do orgasmo, momento no qual ele jogava os dados e dava um gemido sem graça. Não sei como até hoje falo com esse cidadão...
Mas ser o Mestre tinha suas poucas vantagens: nem sempre eu levava o lanche, já que me esforçava em escrever uma aventura; ninguém me xingava senão seu personagem poderia estar morto em poucos segundos e as meninas da rua sempre olhavam em minha direção(por que ninguém acredita quando digo isso?).
Outro jogador peculiar passou por essa mesa, um bárbaro sem-noção. O cara era tão sem-noção que queria um castelo de qualquer maneira, ele pagava qualquer quantia de ouro pelo maldito castelo. Depois de encher meu saco ao ponto de ficar neoplásico, cedi o maldito castelo para o mesmo. O cara ficou tão feliz que passou o dia todo desenhando seu castelo.






Um castelo geralmente é uma área fortificada, própria para evitar ataques inimigos e o carinha construiu um "hotel" dentro do mesmo. Aham, vamos invadir o castelo!! É só se hospedar no hotel!!
O Q.I. do meu gato está 2 pontos acima do dele.