Luto.
Por mais que eu tente escrever coisas divertidas aqui no blog, preciso fazer esta singela homenagem à uma pessoa, que assim como minha avó, irá fazer(como já está fazendo), grande falta em minha vida. Anteontem, faleceu meu avô aos 79 anos de idade.
Infelizmente seu quadro clínico não estava bom, apenas 20% dos seus rins funcionavam, muita secreção no pulmão(provavelmente devido ao fumo) e algumas paradas cardíacas. Ele já esteve algumas vezes na UTI, e sempre retornou. Mas... dessa vez, ele não conseguiu.
O ser humano é muito egoísta. Sempre queremos tudo, e isso inclui as pessoas que amamos, mesmo sem perceber que o outro pode estar numa situação crítica. Fico imaginando o quão ruim meu avô estava e que voltar da UTI poderia não ser a melhor opção. Mas também, falecer, não era uma opção desejável.
Tento ao máximo segurar meu choro, sou daqueles homens que fazem de tudo para não chorar. O único problema disso é que quando o choro vem, é impossível parar. E assim foi ontem, no seu enterro. Antes de falecer, meu avô fez dois pedidos: queria que um parente nosso tocasse uma música no saxofone e que seus netos carregassem seu caixão até o jazigo.
E não há homem que não chore carregando o caixão do próprio avô. Esqueci de tudo, do peso das mãos, da música sendo cantada ao fundo como um modo de diminuir a tristeza e de todas as pessoas que seguiam a gente.
Vô, espero ter lhe ajudado a descansar em paz. Pois você merece.