segunda-feira, janeiro 02, 2006

A noite do réveillon - parte 1

Ano novo chegou, e diferente do passado, não passei jogando ragnarok na internet! Acabei ficando em casa por um simples motivo: não gosto das festas que minha família faz. Sempre tem um monte de primo e um monte de tio bêbado falando merda. Logo depois que adquiri minha maior idade, eu deixei de frequentar essas festas.

Ontem, eu passei em casa apenas com meus pais e alguns poucos convidados. Felizmente, dois amigos vieram salvar minha noite. Chegaram aqui por volta das 12:30 morrendo de fome, pois não tinham ceiado em lugar nenhum. Só sacana!! Com aperto no coração, ofereci um refrigerante meio quente e um pudim de leite. Pudim que acabou após 3 minutos, comeram até encher a pança de verdade.

Depois de terem consumido todas as sobremesas da minha humilde casa, resolvemos sair pelo mundo. Fomos andando à uma da manhã pelo bairro. Pelo caminho, encontramos pessoas bem-educadas que deram aos gritos "feliz ano-novo" de dentro do carro. Em retribuição ao ato tão solidário, eu dei um berro escrotíssimo e bem rasgado:"Valeuuuuuu"

De tanto andar sem rumo, acabamos chegando na praia!! Nem acreditei que nosso objetivo tinha se tornado real, e acreditem, essa foi a primeira vez que fui na praia num réveillon!! Caramba doido, fiquei muito feliz, qualquer coisa era melhor que ficar em casa sem fazer absolutamente nada! Saímos andando pela calçada e analisando as fêmeas. Como chegamos tarde, quase 2:30, só tinha sobrado os restos, tentem imaginar...

Mesmo assim, sentamos num banquinho dos fracassados e ficamos olhando o povo passando. Após perceber que o máximo que poderia acontecer naquele banco seria um beijo entre dois homens, levantamos e continuamos nossa saga em busca de alguma coisa que nem nós sabíamos.

Assim que chegamos perto de um playground, caiu uma chuvinha bacana! Nossa única alternativa era algo parecido com uma tenda, só que enorme, com uns banquinhos de madeira. Incrível como todos tiveram a mesma idéia que a gente! Sentamos e na falta do que fazer, ficamos admirando as pessoas em nossa volta. Tava tão triste a situação que começamos a rir sozinhos!!

Sabem quando ocorre algum desastre, algo como um tornado, ou infestação de baratas? Pois é, parecia que estavámos naqueles abrigos mal-projetados com cheiro de peixe morto! Todo mundo sério, triste, com a cabeça cabisbaixa, uma mulher com um saco na cabeça e no fundo, nós 3 rindo de todo mundo! Só o fato de estar ali já era engraçado!! Como disse, bastando não estar em casa, estava ótimo pra mim.

Como alegria de pobre dura pouco, logo a chuva passou e continuamos nossa peregrinação pela praia... e finalmente... toda nossa pernada não foi em vão, ao longe vimos tudo que resumiu nossa viagem até aquela maldita praia distante de tudo! Meus olhos brilharam ao ver...

TO BE CONTINUED