quarta-feira, junho 07, 2006

Tou começando a ficar grilado

Bem, como prometido, aqui está outro texto idiota e sem muito fundamento. O ambiente deste foi na Faculdade de Farmácia e aconteceu ainda a pouco, lá pelas 19 horas. A coordenadora do estágio resolveu que só receberíamos nossos diplomas se efetuássemos uma prova escrita valendo uma nota.

Sendo assim, fui obrigado a ir fazer a mesma hoje. Para os não residentes em São Luis, o curso de Farmácia possui duas sedes, uma no Campus da UFMA e outra no centro. Sendo que é uma distância considerável entre as duas. Fui contente e saltitante para centro fazer a prova, mas ao chegar no destino, só vejo caras desconhecidas. Ainda eram 18:30... a prova estava marcada para às 19 horas.

Antes de ir atrás de alguma sala com o povo fazendo o exame, fui abordado por um colega. Na verdade, não fui abordado, apenas apertei a mão dele:

"Ei Humberto, o quê que tá tendo no prédio novo do Campus que tem uma galera da tua turma?"

Após ele ter comentado isso, viro de imediato para o mural e vejo um cartaz escrito com letras garrafais:

PROVA - PRÉDIO NOVO - 19 HORAS

Puta que pariu!! Essa foi minha resposta pra ele!! De imediato bati minhas pernas em direção ao Campus! O pior é que pensava em estudar entre as 18:30 para as 19 horas, 30 minutos seriam suficientes para tentar tirar 7,0 na brincadeira, ops, na prova. Ao chegar no Campus, fui abordado (dessa vez é sério) por Vera. Quem seria Vera?

Vera é responsável pelas matrículas dos calouros e assuntos derivados. Não sei qual o nome que se dá a esse tipo de cargo. Balofa chata? Sei lá, se fosse um cargo combinaria com ela. Enfim, eu estava de posse de uma pulseira. E claro, ela é da mesma cor do meu boné, rosa. Vera estava falando comigo mas olhando meio torto para a pulseira, pensando algo do tipo:

"Eu sempre soube que esse magrinho queimava..."

Já meio atrasado, vou atrás da sala onde estava acontecendo a prova. Me sento e tento começar a responder a prova, mas como não tinha estudado nada, fiz os gestos típicos de quem não estuda: ficar olhando pro lado, pra cima, pra baixo, menos pra prova! Após algum tempinho, a professora senta bem na carteira da minha frente, olha minha pulseira e começa a fazer alguns questionamentos.

Perguntando sobre a pulseira, o por quê de estar usando ela, por quê dela ser rosa... Aquelas perguntas bem de nigrinha que ser saber da vida dos outros. Não aguentando e já coçando sua língua, ela solta o que queria perguntar há tempos:

"Meu filho, você é bí???"

Ai ai... é sério... tentei nem olhar para a cara dela. Fingi estar concentrado na prova e falei que não tinha nada demais usar uma pulseira rosa, até porque ela era bonitinha. Mesmo assim, a professora queria nigrinhar ao máximo a minha vida. Continuou fazendo suas perguntas indiscretas:

"Mas, quem te deu ela?"

Putz, ganhei de um primo que, por sinal, já até imagino o que ele passou com ela. E o jeito seria responder isso. Agora tinha lascado de vez, ela devia estar imaginado que nós dois éramos viados e que devíamos transar na cama de casal de mamãe com Bobinho bem do lado dormindo.

"Teu primo é gay?"

Viu? Viu? Ainda irei ficar rico prevendo o futuro! Tentei de todas as maneiras explicar que a pulseira era bonita e que chamava a atenção das mulheres. Pelo menos eu penso desta maneira, prefiro fazer as mulheres sorrirem, ela gostam dos divertidos e dos carecas. Mas por enquanto sou apenas divertido mesmo.

"Olha, essa pulseira é feia e eu não gosto dela não!"

Nossa, agora ela pegou pesado. Logo a professora que possui o apelido de "Mulher do Pica-Pau" vem dizer que eu uso algo feio. Todo mundo já viu Pica-Pau, correto? Lembram de uma velha chata e horrível que tinha no desenho? Pois é, minha professora é tão assimétrica quanto ela. Então, como alguém com esse teor de feiúra pode ter coragem de chamar algo que eu uso de feio?

Juro que na próxima vez que olhar ela, estarei de boné e pulseira rosa e ainda falarei baixinho no ouvido dela:

"Só não te traço porque não sou cego ainda."