terça-feira, julho 18, 2006

E eu achava que espermograma já era passado

Olhando os contadores desses últimos dias, quase me emocionei ao olhar o número de 60 visitantes cativos que entraram desesperadamente todos os dias neste bloguinho em busca algum tipo de diversão. Quase aos prantos, resolvi postar hoje para o deleite de todos vocês, cativos 60 visitantes. Tou meio enferrujado, não reparem.

Alguns dias atrás fiz uma consulta no urologista, acho que a segunda consulta de toda minha vida a esse tipo de médico. Ele me passou um trilhão de exames mais um exame que vale por 3 milhões de exames, o espermograma. É algo chato, bem chato, ter que ficar de abstinência punhestística por 3 dias para saber se meus espermatozóides se movimentam em linha reta ou em círculos. Se forem preguiçosos que nem o dono, prefiro nem imaginar.

Sendo assim, me taquei pro laboratório para ceder um pouco da minha espécie. A situação já é estranha desde a recepção. Ainda bem que a recepcionista não falou nada em voz alta. Ela perguntou se eu iria fazer no mesmo dia e eu respondi que "sim", mas sem olhar nos olhos, sou meio tímido para essas coisas. E caminhei para a sala de coleta masculina.

A sala de coleta masculina nada mais é que um banheiro em que no lugar do chuveiro, existe um sofá. Fui acompanhado por um técnico que indicou que sentasse no sofá. Preferi ficar quieto e esperar ele ir embora em silêncio, mas ele tinha que soltar uma:

"Agora o senhor vai se masturbar..."

Errr... juro que pensei que iria fazer tudo, menos isso! Respondi com um sinal positivo. Ele saiu e tranquei a porta. Primeira coisa que fiz foi começar a pensar, como que um local como aquele pode excitar alguém. Do meu lado esquerdo tinha uma privada e do meu lado direito, uma estante com os objetos que seriam necessários para a execução perfeita do espermograma: duas revistas pôrnos.

Sentei calmamente no sofá para só depois pensar no número incontável de pentelhos alheios que já deviam ter sentado naquele recinto. Sem estímulos para continuar vivendo, pego uma das revistas, uma Playboy velha, bem velha!! Eu, quando menino novo, tive uma assinatura desta revista, em meados de 1995. No tempo em que pagar mais de R$ 5,00 pela revista era um crime inafiançável! E lembro de ter tido essa Playboy do laboratório, e pior, a revista era uma merda!! Lascou tudo!!

Peguei uma faca de passar manteiga e já ia começar a furar minha barriga, quando joguei a Playboy de volta para a estante e fui atrás da outra revista. Era uma Brazil, perdão, era uma Brazil BLACK! Do ano de 2000!! Eu juro que nunca nem imaginava que existia esse tipo de gibi!! Fala sério, se nem Deus agrada a todos, a porrinha do laboratório queria agradar a negros e caucasianos!! Sem saída, passei a folhear a Brazil.

Logo chego em um ensaio um tanto quanto inusitado. Seu título era: "Ménage Bicolor"! Ahah, e eu que achava que já tinha visto de tudo!! Olhei sem querer pro sofá e lembrei dos pentelhos alheios, argh!! Era melhor terminar logo o serviço do que continuar mais 5 minutos naquele ambiente! Não sei se você mulheres sabem, mas se masturbar pela manhã, numa sala com uma privada e sentado num sofá de procedência duvidosa, não é uma das melhores sensações do mundo.

Enfim, fiz o que tinha que ser feito e fui embora quase que correndo da sala. Ao passar pelo corredor, o técnico até me ofereceu um cafézinho! Ahhh, deu até vontade de dizer que não ligo no dia seguinte.