Mi ckey Mou Zé!
Acredito nunca ter contado isso no aqui pelo blog, mas há uns dois meses atrás comecei meu curso de especialização
E não existe nada pior que entrar numa turma nova com pessoas desconhecidas, principalmente depois que já não se é criança. Não foi criada nenhuma massa de modelar que permita que adultos interajam entre si de maneira "legal", ainda. Na verdade, essa massa já foi criada, mas possui outro nome, chama-se futebol. Às vezes também chamam de cerveja, mas geralmente às sextas.
Eu nunca fui de falar muito e me introsar numa turma de desconhecidos é um verdadeiro chamado às armas! Para ter noção, a pessoa com a qual me identifiquei até agora e que posso até chamá-la de amigo num futuro bem distante, foi um caboquinho que falou que gosta dos programas do João Kléber. Nada mais que a lei do similis similis.
Logo nos primeiros dias de aula, fui com uma camisa do Situações Inusitadas e acreditem, um dos meus novos amigos conseguiu ler o bordão "Não subestime minha sagacidade" e disse que iria acessar quando chegasse
Claro que toda turma que se preze possui seres bizarros, como: pessoas afrescalhadas, CDF's querendo um pouquinho de atenção, mulheres casadas que não servem pra nada, enfim, esse tipo de coisa. Certo dia estava ouvindo com meu ouvido esquerdo a conversa de um grupinho. Conversa bem chata, tão chata que me lembrou o por quê da minha boca calada a maior parte do tempo. No papo juvenil, estavam falando sobre um ser da turma, um senhor apelidado de Mouse.
Não sei porque cargas d'água estavam chamando o senhor por esse apelido. Olhei bem para sua cara-de-bumbum e não vi nenhuma nem qualquer semelhança com o Mickey. Pra ser sincero, até minhas orelhas são maiores que a dele, então se ele fosse o Mickey, eu seria o Dumbo, mas isso não é o tema central deste texto. Quer dizer, esse texto possui um tema central? Fechei um pouquinho os olhos e observei mais uma vez, e novamente não percebi nada que enquadra-se o senhor na categoria: Personagens de Walt Disney. Ainda pensei em chamá-lo de Fred ou Capitão Caverna, mas a vontade de mijar era maior.
Hoje pela tarde recebemos o tão esperado boleto de pagamento, e acreditem, esse curso é mais caro que a vida de alguns de vocês. Quer dizer, até Bobinho vale mais que alguns de vocês. Opa, corrijo, vale mais que a vida de alguns de vocês que nunca comentaram por aqui.
Eu estava situado no ínicio da fila de cadeiras e meu dever era repassar para toda a fila seus respectivos boletos. Como a preguiça bateu no meu pâncreas nesse momento, o máximo que fiz foi repassar os boletos para a pessoa que estava ao meu lado, que era o tal Mouse. Mas antes de passar, tive que dar uma marocada no boleto do cidadão, afinal, não tinha o quê fazer mesmo. Li uma vez, li duas, assoei meu nariz e na terceira passei pra ele. Foi então que caiu a ficha:
"Ei!! Seu nome é Mause mesmo??"
Ora, se existem pessoas chamadas Tina, Israel, Antônio e até mesmo Humberto, por quê não existiria alguém chamado Mause? Que ignorância da minha parte.