Eu não estava preparado pro pior
Poucos textos serão como esse, só estou realmente escrevendo porque a menina não tem internet mesmo, nem meu e-mail e já até mudei meu celular sem avisá-la, então, sem problemas. Para manter o nome da dita cuja no anonimato, irei chamá-la carinhosamente de Kelly. Mas pode ser o nome real dela, caso vocês acreditem que é possível alguém ter nome de cachorro.
O texto anterior foi sobre o modo mais fácil/eficiente de se conhecer uma menina sem sair pela noite como qualquer ser humano normal. Então, se você se enquadra no mesmo quadro patológico que o meu, prazer, bem-vindo ao clube! Para início de conversa, segui à risca, todas as intruções dadas do texto passado. Gastei no máximo R$ 1,12 com mensagens e rapidamente consegui convencê-la para me conhecer.
Ok, não adianta, não consigo mentir para vocês. Meu primeiro papo com ela foi bem eficiente pelo celular. Ela só falou sobre sexo, motivo mais que suficiente para ir conhecê-la. Sendo que ela quis me ver, então, ela que me convenceu a ir conhecê-la. Mas eu não estava preparado pros dragões que estão a solta pelo Maranhão, calma, calma, não vamos colocar a carroça na frente dos bois!
Bem, como todo início de conversa pelo telefone, perguntei sua idade, suas medidas, se seu cabelo era liso, essas perguntas básicas que todo mundo faz. Preparem-se para a primeira bomba:
Não precisa pensar muito para saber que desligar o telefone em no máximo 15 segundos era a melhor coisa a ser feita, certo? Mesmo assim fui gentil e desliguei em 30 segundos. A menina, no seu intuito de dar para qualquer um que não fosse o pai do filho dela, começa a dar uns toques no meu telefone. Como um bom rapaz educado e de classe retornei a ligação.
E perguntei logo de cara, o que ela exatamente fazia no salão de beleza:
Enfim, fui conhecê-la, afinal de contas, a única coisa que tinha a perder era a novela das 8. Prestem bem atenção, não se deixem enganar como fui enganado. Mesmo com 5 anos de experiência em chats por celular, acabei esquecendo que perna grossa e bunda grande é sinônimo de gordura localizada! E lá vinha, bem ao longe Kelly, carinhosamente apelidada de Ogro.
Kelly estava suada e quase fedendo. Segundo ela, botar um filho pra dormir dá muito trabalho. Ok, não irei discutir sobre isso. Comecei a perguntar sobre sua vida, como é ser uma gorda sebosa, como anda o pai do seu filho, essas perguntinhas indiscretas. Como sempre, Kelly me surpreendeu com mais outro comentário lindo:
Perguntei só por perguntar mesmo, falta de assunto é uma coisa. Novamente o Ogro respira bem fundo e solta outra, mas dessa vez do fundo do seu útero:
Ser elogiado é bacana, mas ser elogiado por alguém que já:
Ela até comprou um cartão telefônico para falar comigo e saber por que não estava ligando para ela:
Ela sabia que meu celular era de conta, quase que vacilei. Além disso, decidi que vou ficar um tempo sem acessar esses chats, acabei de lembrar o por quê de ter parado de usar no passado.