sábado, agosto 05, 2006

A noite de ontem

Devidos aos acontecimentos desta sexta, o episódio 6 fica pro próximo post, mas ele virá. Parem de roer as unhas e bater no cachorro, já, já ele estará sendo escrito. A falta de uma câmera fotográfica é um pequeno empecilho, mas nada que uma webcam não resolva.

Esta sexta teria tudo para ser bem divertida, senão fosse a limonada.

Como todos bons ex-amigos de faculdade que devido ao tempo e trabalho não tem como se ver mais pela semana, marcamos um encontro esta sexta e fazer ela ser tri-louca. Apesar dos vários empecilhos do dia-a-dia (leia-se falta de dinheiro, também conhecida como lisura) conseguimos nos encontrar na praia.

Estávamos munidos de nossa vontade de falar merda e de beber cachaça. Tudo estaria ótimo senão fosse a limonada que foi feita com muito carinho e dedicação, mas que assim mesmo não agradou meu paladar. Mesmo tendo dois dedos de açúcar no fundo do copo, a mesma já estava me aziando de uma maneira tal, que a única forma de revertê-la seria comendo Fandagos.

E pasmem, alguém realmente tinha comprado Fandagos no supermercado! Enfim, papo vai, papo vem e uma história de banhar de mar estava rolando... Eu pensava que era mentira, tanto que fui de calça jeans pra praia. Viro para direita para ver uma biscate que estava passando. Depois dela passar e deixar o cheiro de sexo no ar, volto meu pescoço para conversar com o povo e todos já estavam de calção de banho!

Mas que merda! Diante da vontade dos outros, fui obrigado a banhar no mar de cueca. Eu avisei a todos que minha cueca era branca e que isso não seria muito legal. Foi inútil. Quando dei por mim já estava bebendo água salgada.

Fazia muito tempo que não banhava de mar, pra ser sincero, tinha até me esquecido como a água é gelada e como faz frio de noite. Tinha me esquecido também como doí cair de bunda na areia da praia. Mas isso não vem ao caso. Em 5 minutos já estava estafado de tanto pular e estava na hora de sentar no raso para pensar um pouco na vida.

Inocentemente fiquei olhando para as estrelas e não percebi que os outros 4 "amigos" estavam tramando alguma contra coisa minha cueca. Ou contra minha integridade, mas naquele instante essas palavras eram quase sinônimas. Devido ao alto teor de álcool no sangue, não imaginei que eles viriam correndo em minha direção para tirar minha cueca. Acho que preciso aprender mais sobre a vida...

O esforço que fiz para ficar com a cueca no corpo foi apenas o suficiente para rasgá-la no meio. E lá estava eu, nú, peladinho mermo, esperando a boa vontade de alguém me jogar a cueca de volta. Ou melhor, o que sobrou da cueca. Bem, devo salientar que desde ontem, comecei a duvidar da heterossexualidade desses meus 4 "amigos". Se eles sentem prazer em olhar meu pênis em plena luz do luar, imaginem o que poderão fazer comigo num quartinho escuro.

Mesmo assim ainda aguardei que um deles jogasse meus trapos de volta para que eu pudesse chegar até a calça jeans que estava jogada na areia. Após quase 5 minutos rindo da minha cara, um dos "amigos" jogou o que restou da minha dignidade e fui caminhando, semi-nú, para vestir a calça jeans.

Não preciso relatar que passei o resto da noite na calha, né?

Ah e gostaria de lembrar que assim que adentrei o mar, urinei sem querer, tipo criancinha quando vê uma piscina, entendem? Sem tirar a sunga. Mas isso todo mundo faz, e tava todo mundo ligado mesmo, então nem vai importar se eles pegaram na minha cueca mijada ou não.

Droga.