sábado, fevereiro 17, 2007

Eu malho é pelo ódio!

Bom, deve ser novidade para alguns, mas finalmente tomei vergonha na cara e resolvi entrar em forma. Eu já tinha tentado o mesmo há 4 anos atrás, mas por motivos de força maior ( leia-se estudar para 7 cadeiras) fui forçado a largar a barra de supino. Dessa vez acho que consigo ficar pelo menos 12 meses malhando e com uma barriga tanquinho. Pelos seguintes motivos: eu não estudo mais, pela noite não tenho nada para fazer e minha barriga depois de uma janta falta explodir de tão grande!

Mas o principal motivo de todos, que vai além de ser magro e ter uma cinturinha de ovo, é o ódio! Isso mesmo, o ódio de todas as garotas mais bonitinhas que a massa e que me trocaram por alguém de 38 de bíceps! Pra ser sincero não foram muitas, mas assim mesmo, gosto de dizer que malho pelo ódio!

A parte ruim de tudo isso é sempre o começo. Ter disposição para chegar cansado à noite e ainda ter que sair de casa para se exercitar é, no mínimo, loucura! Mas como diz o velho ditado dos bombados: No pain, No gain! Sentindo dores e com ódio, esta é a receita perfeita para quem quer começar.

A parte boa são os amigos que são magricelas e raquíticos que nem minha pessoa. Estando todo mundo no mesmo barco é bem mais fácil! Além disso, também tem aquelas piadinhas infames de duplo sentido, como por exemplo:

"E aê bertim, você tá colocando quanto na rosca?"

Logo embaixo mais outro exemplo da fertilidade da mente humana:

"E aê bertim, pegando no ferro todo dia, hein! Danado!"

Ou, por exemplo:

" E aê bertim, cadê a gostosa da sua mãe?"

A pergunta de cima não é uma piadinha infame mas o faz o aspirante a Ary Toledo correr sério risco de vida ao finalizar sua sentença.

Enfim, ontem estava na academia finalizando minhas séries do dia. Eram 10 minutos para as 22 horas e dia de sexta eles fecham às 22 horas, afinal, não é porque eu não possuo vida sexual ativa que os instrutores também não a terão. Restavam apenas alguns pingados no local, o som estava desligado e já estavam começando a fechar o ambiente.

Ao invés de comer refeições hipercalóricas e saudáveis, resolvi estragar minha sexta-feira comendo um hambúrguer na pracinha da esquina. Mas antes precisava lavar minhas mãos, pois pegar num sanduíche com a mão suja seria a mesma coisa que ir pro motel e não transar, ou seja, nojento.

Fui em direção à pia mas deixei a porta aberta, pois não pretendia gastar mais do que 30 segundos lavando a mão. Infelizmente esqueci de um pequeno detalhe, de que queria peidar e de que não poderia fazê-lo com a porta aberta e com o som da academia desligado. Meus neurônios não transmitiram a mensagem rápida o suficiente...

Tarde demais!

Não poderia mais chorar pelo leite derramado, todo mundo já estava olhando em direção ao banheiro em estado de choque! Queria enterrar minha cabeça em algum buraco e o único disponível era a privada. Preferi terminar de lavar as mãos mesmo. Sem esperança de que eles pensassem que o barulho fosse de alguma explosão do botijão de gás do vizinho, começo a sorrir e assumo o feito, posso negar tudo mas meus peidos eu não nego!